terça-feira, 2 de junho de 2009

A frescura


Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.

Álvaro de Campos
Wel

2 comentários:

  1. o frescor da liberdade consentida é um valor dos mais importantes desta existência. este frescor nos alimenta e nos fortalece. nada pode ser grilhão na vida, nem mesmo o amor.

    ;-)

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  2. Querido Paulo
    Concordo com você, nada justifica a perda da liberdade, nem mesmo em nome do amor.
    Um abração

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passou por aqui . deixe sua impressão . obrigado

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