quarta-feira, 29 de junho de 2011

Gentileza


...Não me aborreço com gestos brutos, mas com respostas sem jeito. Não duvido de ações e fatos, o que me intriga é a passividade de quem os assiste, e não percebe que estava no mesmo cenário e não entendeu o enredo da história.
Não cobro nenhum super-herói, como não deixo que me tomem atos impulsivos, mesmo que eles já tenham sido fato e realização.
Desses não abro mão: beijo e abraço, silêncio e laço.
Reflexos do mundo, inacabado e negando aprendizado.

Yasmine Lemos

Yasmine Lemos Blog

Wanderley Elian

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Liberdade


Esse tempo veloz
atravessa almas, 
e o vento escreve
nas alturas.
Apenas respiro a
liberdade na carona
de uma nuvem qualquer,
entre pássaros azuis.

Ydeo Opa

Wanderley elian

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Humor



Um rapaz estava na beira de um lago segurando sua vara de pesca quando uma velhinha de cadeira de rodas se aproxima e diz:
- Meu rapazinho, há trinta anos freqüento este local e até agora ninguém me deu um beijo.O rapaz coloca a vara de pescar no chão, vai até a velhinha e a beija carinhosamente no rosto.Duas semanas depois, no mesmo lago, o mesmo rapaz pescando, aproxima-se dele a mesma velhinha na mesma cadeira de rodas e fala:
- Meu rapazinho, há trinta anos freqüento este local e até agora nunca recebi um carinho de alguém.O rapaz coloca a vara de pescar no chão, vai até a velhinha e a abraça com delicadeza.Três semanas mais tarde, no mesmo lago, o mesmo rapaz pescando, a mesma velhinhana mesma cadeira de rodas, aproxima-se dele e diz:
- Meu rapazinho, há 30 anos freqüento este local e até agora desculpe-me apalavra feia, ninguém nunca quis foder comigo.
O rapaz então coloca a vara de pescar no chão, vai até a velhinha, pega-a no colo e a coloca suavemente sobre a relva. Em seguida, pega a cadeira de rodas e a joga no meio do lago, dizendo:
- Pronto, agora a senhora tá fudida!

Fonte:
Recebi por email

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Opções



Ele queria trepar
Ela queria casar
Ele queria viver
Ela queria ter filhos
Ele foi embora
Ela suicidou.

Wanderley Elian

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Foto (miniconto)


A noiva arrumou a saia de seu longo vestido branco, ajeitou o tule que descia da cabeça aos pés, colocou seu coração sobre a cadeira vazia, pôs uma das mãos no espaldar, sorriu como quem já não alimenta ilusões, e assim posou para a foto mais premonitória de sua vida.

Jorge Timossi

Wanderley Elian



domingo, 19 de junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pena de morte (Humor)



A pena de morte foi aprovada no Brasil e dois homens condenados à cadeira elétrica foram levados no mesmo dia à sala de execução. O padre lhes deu a extrema unção, o carcereiro fez o discurso formal, e uma prece final foi rezada pelos participantes.
O carrasco, voltando-se ao primeiro homem, perguntou:
- Filho, você tem um último pedido?
- Tenho. Como eu adoro pagode, gostaria de ouvir o CD dos Travessos, Negritude Jr, Karametade, Katinguelê, Os Morenos e o do Belo pela última vez antes de morrer, e se for possível o CD do É o Tchan e Ki-Loucura.
O carrasco virou para o segundo condenado e perguntou:
- E você, qual seu último pedido?
- Posso morrer primeiro???


Fonte:Portal do Humor


Wanderley Elian

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A cirurgia


Com 20 anos ,concluiu que a única coisa que o faria feliz era uma operação para mudança de sexo.  Não se reconhecia como homem, e isso  lhe trazia angustia e sofrimento. Como não tinha dinheiro para cirurgia, procurou o SUS. Após entrevista com a psicóloga, e preencher  um longo questionário, lhe disseram para aguardar na fila,que quando chegasse sua vez seria avisado. Com 30 anos, viu seu sonho de ser ninfeta cair por terra. Um dia, após beber meio litro de pinga, resolveu que ele mesmo faria a cirurgia. Forrou com folhas de jornal a sala, pegou no armarinho do banheiro um prestobarba para a raspagem ,e da cozinha trouxe a faca mais afiada. Tomou o ultimo gole, como que para anestesiar e iniciou o processo cirúrgico. O primeiro corte foi tão profundo, que o sangue esquichou na parede. Seu grito de dor foi tão alto que acordou todos os moradores do prédio, inclusive ele que acordou todo suado.

Wanderley Elian

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Talvez...


Talvez,
eu devesse falar das 
flores tristes de plástico,
do coração de vidro
estilhaçado,
da esperança que se perdeu
no caminho,
da saudade do nada.
Talvez,
eu devesse falar da vida,
que de tanto não ser
vivida
se perdeu em si mesma.
Talvez... 

Wanderley Elian

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Para quem não tem namorado(a)


E dai se eu passar o dia dos namorados sem namorado(a)?
Eu também não passo o dia do índio com um índio(a),
nem o dia da árvore com uma árvore.
Muito menos o dia de finados com um defunto.



Da minha amiga Cris
do blog: Mundo Particular

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"No frigir dos Ovos"


Pergunta:
Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão: "no frigir dos ovos"?

Resposta:
Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só depois de um certo tempo da crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com a batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e para descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.
E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beradas, cozinhando em banho maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal, não se faz uma boa omelete sem quebrar os ovos.
Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o  apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tijela, trocam alhos por bugalhos, e confundem Carolina de Sá Leitão, com  caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese,
...tec). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com a cara de quem comeu e não gostou.
O importante é não cuspir no prato que comeu, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto que se como com os olhos, literalmente.
Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga, o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí não adianta chorar sobre o leite derramado, porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco...
A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois, quando se junta a fome com a vontade de comer, as coisas mudam da água pro vinho.
Se embananar de vem em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa para sua sardinha, que no frigir dos ovos, a conversa chega na cozinha e fica de comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata , engorda.
Entendeu o que significa, no frigir dos ovos?

Guaraci Neves

Fonte:
Recebi por email da
minha amiga Bel

Wanderley Elian



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um engano quase fatal


Quando chegou em casa ,foi logo jogando o paletó e   pasta  no sofá, e foi para o quarto já tirando os sapatos, queria se sentir livre. Depois de um dia estafante no escritório e de um trânsito caótico na volta para casa, tudo que queria era um bom banho, comer algo e assistir um pouco de TV.
Toca o interforne;
P- Boa noite, disse o porteiro
J- Boa noite
P- entregaram umas flores aqui para o senhor.
J- para mim, tens certeza?
P- absoluta, está escrito no cartão seu nome. Vou subir para entregar.
Recebeu as rosas vermelho sangue, e antes mesmo de colocá-las em algum vaso, leu o cartão anônimo: essas flores servirão para enfeitar o seu caixão. 
Ficou lívido e as pernas tremiam. Quem estaria fazendo essa brincadeira, ou seria mesmo uma ameaça? o que fazer aquela hora da noite. Conferiu se a porta estava realmente trancada, encostou o sofá à mesma, e não conseguiu pregar os olhos a noite toda. Será que havia abandonado alguma noiva no altar? tinha inimigos? devia alguém? roubou a namorada de algum amigo? não conseguia encontrar respostas. Resolveu que assim que amanhecesse, iria à delegacia registrar um BO. Talvez tivesse que mudar de cidade,  de estado ou até de país, pensava ele.
Amanheceu...
Pálido e de olheiras, se arrumava para ir à delegacia.
toca o interfone:
Quase sem voz atendeu.
P- Seu Juraci, o porteiro da noite entregou as flores no apartamento errado, eram para a dona   Juraci do 404. O senhor sabe né? ela é atriz  está trabalhando na peça "A Falecida", e um amigo lhe mandou aquelas flores para o cenário. Ela me deu dois convites, o senhor quer um? acho que é comédia, blá, blá, blá...
a essa altura, Juraci já não escutava nada, sentou-se no sofá e chorou de alívio. Resolveu que não ia trabalhar. Voltou para cama, dormiu, e sonhou que tinha ido ao enterro dele mesmo.

Wanderley Elian

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Horóscopo

(foto:google)

Ontem depois dos primeiros afazeres do dia , foi ler o jornal. Como sou um intelectual, comecei pelo caderno policial, passei para o de esportes e cheguei no horóscopo.  Dentre outras coisas, previa ele: noite favorável a novas aventuras, sua cor é cinza e seu número de sorte é o 49. Vasculhei o guarda roupas em busca de algo na cor sugerida, e à noite fui pra balada vestido de dia nublado. Eu hoje vou me dar bem. Lá chegando, como sempre, fui para área de fumantes ,pedi uma cerveja e iniciei um animado papo com meu amigo Dimas. O papo estava tão animado que o segundo   copo que enchi, esbarrei, e entornei tudo no colo. Fudeu! ficou parecendo que eu tinha mijado  na calça. Fiquei ali assentado  umas duas horas, na esperança que secasse e eu pudesse circular para me dar bem, afinal quem ia querer um cara mijado? Nada, jeans é fogo! Me estressei e resolvi ir embora, com cara de noite tempestuosa.
Nunca mais leio horóscopo. Eu juro!!!

Wanderley Elian 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Hipocrisia

(imagem google)

"Quando eu estava no exército, me deram uma
medalha  por matar  dois  homens  e me dis-
pensaram por amar um".

Leonard P. Matlovich

Wanderley Elian



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