Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais “O cravo brigou com a rosa”. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo – o homem – e a rosa – a mulher – estimula a violência entre os casais.
Na nova letra “o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada”. Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que “O cravo brigou com a rosa” faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos!!!!!!
Outra música infantil que mudou de letra foi “Samba Lelê”. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte:
Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: “Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.” Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca.
Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: “Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz”. Comunico também que não se pode mais “atirar o pau no gato”, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem “entra na roda dança”, nos dias atuais, não pode mais ter “sete namorados para se casar com um”. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é “pobre ou rico de marré-de-si”, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens. Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, “Pai Google da Aruanda”] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado.
Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão – o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil – de “deficiente vertical”. O crioulo – vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de “afrodescendente”. O branquelo – o famoso branco azedo ou Omo total – é um “cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente”.
A mulher feia – aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno – é apenas a “dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade”. (Que o diga o deputado…) O gordo – outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão – é o “cidadão que está fora do peso ideal”.
O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha. Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha “necessidades especiais”… Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra………… e o centroavante pereba tomar ……………, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
(...)
Luiz Antonio Simas
Wanderley Elian
–
Olá! Fascinante o texto e a reflexão, é bem isso, hoje não pode nada, e não é só, porque tudo traumatiza: obrigar o aluno a fazer letra de mão( não de forma) traumatiza, tabuada, chamada, cantar o hino, tudo. Tudo traumatiza e inibe o aprendizado... desculpe, mais, vai pra lá com essa babaquice. Por isso que hoje ninguém sabe nada, aprende nada.
ResponderExcluirBeijo!
Queridíssimo....
ResponderExcluirE ainda as pessoas tem a cara de pau de dizer que estamos vivendo plenamente a democracia e a liberdade de expressão...vamos que vamos ! rssss
Bjs meus !
Wander, demaisssssssssssss rsrsrs
ResponderExcluirBeijossssssssss
Pois e meu amigo
ResponderExcluirEu ja fiz uma postagem sobre palmas rsrs sou conta violência , mas tenho que ser sincera , eu fui criada com todas essas musicas e minha mãe me deu palmas na hora certa nem por isso cresci revoltada , amo minha mãe
Olha como a educação de hoje esta , olha como as crianças estão mau educadas e revoltadas , isso e falta de disciplinada
bjs
Wanderley !!!!!!!! rs...
ResponderExcluir"enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha" rssss...
" Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca." rs...
O anão rsssss...“deficiente vertical”
Mas, pra mim, essa aqui tá demais: "Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha “necessidades especiais”… rssssssssss......
Parabéns...
Beijo
Jacque
super necessário ler esse texto.
ResponderExcluirabraços
de luz e paz
A última polêmica foi a acusação de racismo contra Monteiro Lobato. rsrs...
ResponderExcluirBeijos!
Querido amigo, adorei esse texto, principalmente de enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha rsrrs. Beijocas
ResponderExcluirWanderley
ResponderExcluirComo dizia Cazuza exageraram no politicamente correto.
Deviam se preocupar com oo político correto ...
nao gosto desse patrulhamento imbecil.
Lastimável. Fico até sem palavras.
muito bom o texto, muito oportuno numa época de cafajestadas na política a toda hora e toda essa insanidade com a literatura .
deixo abraços
Maravilhoso esse texto e tem cada uma mesmo...abração,chica
ResponderExcluirRealmente nos ultimos tempos essa onda de politicamente correto tirou a graça de muitas coisas, num de jogo de futebol se um futebolista fazer uma provocação não pode pq pode incitar a torcida a viôlencia.
ResponderExcluirAcredito que tudo isso é moda: Aquecimento Global (Procure e verá que não é bem assim), homofobia, teorias da evolução e extinção dos dinossauros, politicamente correto e outros. Pode ter certeza daqui a 10 anos estas coisas ninguém mais estará falando e outras coisas serão o enfoque. Quem viver verá!
Hahahahah Wanderley,
ResponderExcluirNão pude deixar de rir.
Você sabia que os politicamente estavam tentando modificar a obra de Monteiro Lobato, acho que nas aventuras de Pedrinho, não me lembro, porque ele se refere a Tia Anastácia como uma macaca pendurada na árvore? Ridículo. Tome cuidado quando entrar em uma doceria e pedir um pedaço de torta "Nêga Maluca". Pra mim isso é hipocrisia.
bjs
Oi Wanderley, tive o prazer de ser aluna do profº Simas que além de muito culto é irreverente demais!ele foi meu professor de Mitos Africanos e milita nas artes cariocas como o samba. O livro dele,lançado no ano passado merece ser lido: Samba de Enredo - História e Arte. Já conhecia este texto dele e já tinha pedido a ele para publicar no Ecos pois, tem tudo haver com as minhas pesquisas sobre as brincadeiras. Adorei encontrar esta referência a tão grande escritor e professor. Vc conhece o blog dele de histórias brasileiras. Ótimo dia! Bjs!
ResponderExcluirMuito bom esta contextualização ... a mais recente é q Monteiro Lobato era racista ...
ResponderExcluirVivemos um mundo de loucos ... uma nova idade média ... só nos resta mesmo torcer para q a nova idade das luzes chegue logo ... afinal a história é cíclica né?
;-)
Eu simplesmete adorei a colocação, as pessoas hoje se perderam e esqueceram que nada é errado desde que haja uma única figura que é o bom senso... tudo virou uma grande palhaçada, regada a processos judiciais se você não tiver cuidado!
ResponderExcluirEnfim, é lamentável que com isso muito da nossa cultura se perca...
Obrigada por compartilhar conosco esse texto tão atual e coerente! Beijos querido!
Muito interessante sua reflexão, eu já parei em viagem nisso tambem, uma vez, me veio a cabeça a imagem da adorada Pantera Cor de Rosa, que ao inicio de todos os seus desenhos, aparecia fumando uma cigarrilha, lembra? já pensou ela nos dias de hoje? estaria incentivando ao fumo, acho que perdemos a inocencia boa de antes, daqui a pouco vamos ter que tomar um cuidado danado ao dirigir um bom dia ao amigo, pode desencadear uma guerra....grande abraço de bom dia pra ti meu amigo...
ResponderExcluire aquela música de carnaval Nega do cabelo duro, e do Olha a cabeleira do Zezé será que ele é,
ResponderExcluirabraço
Oi Wanderley!
ResponderExcluirJá tinha lido este alerta no blogue da Astrid. É a demência a que chegou o politicamente correcto. Na Europa, até já fizeram pela primeira vez na história dos museus, uma exposição em que pedem cartão de identidade...
Para se protegerem minorias, e em nome de respeitos vários, por isto e por aquilo, vamos acabar uma maioria de imbecis...
BEIJOSSSSSSSS
Wanderley, querido amigo, me desculpe! Mas vou descer um pouco o nível.
ResponderExcluirMas isso é tudo culpa do "filho da puta" do politicamente correto e de seus (preconceituosos e frígidos) incentivadores que são filhos da mesma mãe.
Esse país esta ficando uma merda em matéria de sabedoria e cultura! Estamos caindo fosso da ignorância e da escrotidão. A míopia é tão extensa que até escritores e o folclore nacional estão sendo questionados por um bando de inúteis que não fazem porra nenhuma para a Cultura Nacional e ficam, iguais a ratos, esperando algo para locupletarem.
Gente de merda, essa!
Religiosos medícres que abraçam o diabo o dia inteiro e à noite mentem para os fiéis, que em contrapartida adoram ser enganados;
Grupos de defesas de porra nenhuma, que afastados da mídia aproveitam sempre uma oportunidade para colocarem as caras estúpidas nos holofotes outra vez;
Políticos bundões, oportunistas e safados E como os têm) que enxergam longe um jeito de aparecer e tirar proveito das situações.
Argh!
Bjs.
O crioulo só pode realmente ser chamado, agora, de afrodescedente, li que do contrário é racismo como muitos dos casos que vc relata.
ResponderExcluirSobre as músicas infantis, estava conversando com uma amiga sobre isso outro dia, e, logo depois vi o Martinho da Vila na tevê, dizendo que fez um livro e gravou um cd com todas as versões dessas músicas que vc comenta, segundo ele, politicamente correta,agora!
Bj*
Wanderley, arrasou!!! Muuuito bom. É exatamente o que o grande professor Simas, diz. Tive o grande privilégio de ouví-lo na UERJ há alguns anos. Ele tem o pé no chão, não é metido a intelectual ( o que tem de gente que não sabe po...(de polida ,de poderosa-para ser fina e politicamente correta) nenhuma e é metida a julgar, a criar imagens das pessoas erroneamente, é um ABSURDO ... e como está proliferando.(nos mundos) Agora até Monteiro Lobato querem censurar , ele passou a ser preconceituoso porque a Tia Anastácia era negra, escrava (disso é que o Brasil tinha que ter vergonha). Fui criada lendo Monteiro Lobato, meus filhos e netos, idem ...e a palavra preconceito não faz parte do dicionário da minha família. Você precisava ver eu,meu marido,meu filho e minhas netas no dia do jogo do Flu e Guarani.
ResponderExcluir" Uhuhuhuhu vai tomar açaí"... E saindo de lá,ninguém faz uso uso desse vocabulário no dia-a dia.Desculpe, Wanderley, esse desabafo , mas não suporto gente hipócrita.
Um beijo,querido amigo.
E.T.Estive aqui cedinho,mas não sei o que houve,meu comentário não entrava,só dava erro 533.
pois se prepare, aqui vai a versão (cantada na escola da minha filha) para o "condenável" Atirei o Pau no Gato.
ResponderExcluir"Não atirei o pau no gato
porque isso não se faz
o gatinho é nosso amigo
não podemos maltratar
os animais"
Dá para engolir???
É amigo... só você mesmo!!!
ResponderExcluirSe você não existisse, teríamos que inventá-lo... além do bom humor, você é muito inteligente... amei o post.
Beijinhos.
Itabira.
Texto perfeito, suas colocações foram estupendas...
ResponderExcluirNossa o mundo está em constante evolução, tanto que nao conhecia as novas versões dessas músicas...
Abçs
=)
ResponderExcluirMeu filho tem uma versão da escola pra "Atirei o Pau no Gato" se liga:
ResponderExcluir"Nãooooo atire o pau no gato-to
Pq o gato-to é nosso amigo-go-go
Dê à ele-le, muito carinho-ho, não devemos maltratar os animais" kakakakakakaka
Adorei!
Bjs
Oi meu querido amigo, amei essa postagem.
ResponderExcluirComo sempre suas escolhas são ótimas.
Lá em casa os meus menores já cantarolaram essas novas versões.
Achei isso tudo um desrespeito com a nossa história.
:)
Beijos, muitos.
Nossa....
ResponderExcluirAdorei!
Wandeley, eu vou lhe pedir desculpas.Mas, primeiro eu vou ri, depois eu volto pra comentar.Como leio várias vezes o texto, eu dou risadas sozinho, o pessoal pergunta se eu tô ficando biruta. Eu digo que sim...rsrsrs.
ResponderExcluirEsta onda do politicamente tem horas q é um sacooooooo! rs
ResponderExcluirEngraçado q o q precisam resolver não resolvem. E ficam se atendo se o sambalelê tá doente ou não. rs
Afeeeee.
Abraço.
Wanderley,realmente é melhor cantar a canção como é e discutir a letra com a criança,para que ela compreenda.Um texto muito envolvente e interessante!Bjs,
ResponderExcluirFantástico seu texto menino!!!
ResponderExcluirVou imprimir e enviar para a escola,o lugar ideal rs.
Parabéns,vc arrasou pela escolha.
Muiiiiiito bom mesmo.
Beijokas mil.
Olá Wanderley! Postagem bastante interessante. Faltou o espanador da Lua. Bela escolha.
ResponderExcluirAbraços e ótima noite pra ti.
Furtado.
É um saco mesmo. Aqui na Bahia o que eu mais ouço entre os heteros é "Tu é viado, porra?!", e depois qeu eu contei para alguns, eles até tem medo de falar essas coisas comigo. kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirE tem essa das pessoas se ofenderem contudo. Irrita-me profundamente também. Abaixo ao politicamente correto. Daqui a pouco nem piada de loira poderemos contar.
Bjs
As histórias infantis sempre foram recheadas de violência, abandonos, crueldades, e as crianças adoram até hoje, porque a vida é assim, e a criança não pode ser poupada e colocada em redoma de vidro. Ao contrário, lendo elas elaboram sua violência natural e o final feliz redime todos os "pecados".
ResponderExcluirSou contra este radicalismo do politicamente correto, a gente acaba perdendo a naturalidade...
Beijos
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
ResponderExcluirEstá excelente.
Bjokas
Os cravos e as rosas estáo se perdendo, beijo Lisette.
ResponderExcluirWanderley,
ResponderExcluirExcelente texto !!!!
Adorei , super bem colocado.
Bjo e uma Noite de Paz.
Creio que essa ''onda'' do tal politiamente correto tenha a ver com o fortalecimento da dita ''direita religiosa''.
ResponderExcluir=/
Esse é o mundo que vou enfrentar ... aiaia
ResponderExcluirseu post deveria ser publicado em orgaos oficiais ...
Amei
Beijo
Muito bom o texto, e lembrar o avô cangaceiro me fez imaginar a cena e rir;
ResponderExcluira família dos autores das músicas podem entrar na justiça por plágio...
dizer mais o q além deste texto e comentários tão legais?
Deixo um grande abraço.
Hahahahaahahaha... eu ri muitas e boas por aqui rsrsrs. (já que as pessoas dizem: "poucas e boas", vou ter que mudar tbm rs).
ResponderExcluirNa realidade a gente dá risada, faz umas ironias e tal, só que o negócio é sério mesmo.
Adorei quando vc disse a do saci. Só faltei cair da cadeira quando disse sobre a Lêle.
Eu, no caso dela tbm, não iria querer que a febre acabasse nunca kkkkkkkkkkk.
Tantas e tantas coisas incentivam as crianças a agressão, tantos desenhos horrorosos, tantas músicas do créu, do pega na picareta, no machado, não sei onde e umas músicas tão infantis, coisas tão banais e pequenas eles se prendem.
Deveriam repensar essas atitudes. Há tantas outras coisas mais importantes a serem tratadas. Crianças sendo estupradas, violentadas, abusadas para trabalharem, enfim... E eles vão se preocupar com a música que o cravo brigou com a rosa?
Ahhh, estamos no fim do mundo mesmo.
Beijos e perdoe meu desabafo, é pura indignação com esse mundo torpe.
a preocupação desnecessária serve pra tapar outros buracos de preocupação necessária, eis o verdadeiro dilema do brasileira, a falta de competência de uns, e a ignorância de outros.....
ResponderExcluiré real, mais bem péssimo ver tudo isso. Ainda querem julgar a malícia de uma criança mas de um pedófilo ninguem toma conta não é mesmo?
Mundo nojento esse que a gente vive....na verdade o mundo não tem culpa, que Deus me perdoe pois foi a coisa mais linda que ele nos fez, nojento mesmo é esse povo medíocre que não sabe conviver dentro dele....
É meu camarada, os bons e velhos remanescentes do século passado não serão os mesmos nesse século. Absurdo?
ResponderExcluirIsso sim que é contestar com uma categoria "ARTE", se não houver uma mudança de comportamento do povo perderemos todos os conceitos e lições de vida anteriormente ensinada pelos nossos ancestrais.
Abraço
Um textto inteligentíssimo. Estou vendo essa babaquice também de boca aberta e igualmente indignado com tanta fragilidade, uma fescurada, uma palhaçada. Ora, preparem seus filhos para o mundo e não os deixe em falsas redomas dizendo que tudo lá fora é perfeito. Estou tentando fazer um texto a respeito, mas não peguei o fio da entrada ainda. Um abrção,Wanderley.Gostei muito.
ResponderExcluirAcho que estamos exagerando na dose do politicamente, educacionalmente e outros "mentes" corretos. Com isso estamos produzindo uma geração de "não me toques' que acabará numa falta de espontaneidade total. Grande abraço. Saudade da sua visita.
ResponderExcluirestamos criando uma geração de imbecis que sairão para a vida achamd que ela é linda, perfeita e maravilhosa...
ResponderExcluirnão é sendo politicamente correto que se muda alguma coisa mas sendo apenas político quando preciso e sempre correto.
medo, muito medo..
Wanderley,
ResponderExcluirUm post oportuno ao "modismo" politicamente correto, clichês!
Parabéns pelo post!
Um abraço, Marluce
Wanderley,
ResponderExcluirAcrescento: inteligente post!
Outro abraço, Marluce
Eu acredito que para tudo tenha que ter limites, inclusive para o politicamente correto, senão cruzamos a linha da hipocrisia, daquilo que se um gay chama outro de viado tudo bem, mas se outro o faz é crime.... e mexer em algo que deveria ser tradicional para as crianças e todo é muita apelação heim!!! Bjuuu!
ResponderExcluirOi Wander,
ResponderExcluirrecebi alguns emails falando dessa nova versão
das canções infantis, fiquei frustrada, não queria que mudassem as letras, a princípio por achar que estavam tocando num patrimônio histórico, não tinha conhecimento mais aprofundado sobre o assunto. Agora sabendo a origem, aumenta meu repúdio. Cresci ouvindo e cantando essas canções, assim como meus amigos, e nem por isso nos tornamos pessoas do mau porque 'atiramos o pau no gato'.
É muita falta do que fazer,
Gostei e achei esclarecedor esse texto,
Bjão ")
o politicamente correto é um saco!
ResponderExcluirNão tenho cadernos.
ResponderExcluirTudo o que escrevo,
escrevo nas paredes do meu quarto.
Se é para estar presa,
que seja entre quatro poemas...
¬ Rita Apoena ¬
Bom dia.......Beijos de coração prá coração..........M@ria
Bom dia Wanderley!!
ResponderExcluirmuito boa postagem. Estavamos todos lendo aqui em casa...kkk
Beijos,
Carla Fernanda
E agora ,nem palmadas nos filhos pode mais.rs... Um espetáculo de texto amigo! As canções infantis extravasam a energia da criança. NUnca vi alguém que fosse para o lado do mau por canções centenárias infantis. Cada uma!
ResponderExcluirAmigo te admiro hoje e sempre e agradeço teu carinho. Em breve voltarei se Deus quiser em outra situação. Montão de bjs e abraços
Um belissimo dia pra ti amigo,,,abraços.
ResponderExcluirQuerido, penso que este texto nos alerta a não ficarmos nos extremos... o bom senso e o respeito, devem prevalecer sempre... se cantarem as músicas originais, mostrando toda a parte cultural, trabalhem conjuntamente com as crianças sobre a não violência...cantando também as músiquinhas modificadas.
ResponderExcluirBeijinhos...
Valéria
essa gente do - politicamente correto estão perto, muito perto mesmo de um novo nazismo, tenho pavor dessa gente
ResponderExcluirReflexivo e interessante...
ResponderExcluirAbração...
Achei este texto sensacional! Realmente estamos de mãos atadas, ou sei lá, de lingua trancada com cadeado. Somos um povo irreverente, com características de dar inveja a outros povos certinhos demais (em certas coisas, apenas). Numa crônica que postei há pouco, aparece um cachorro com o nome de 'Nêgo Véio'. Sabe que isso me preocupou? Sei lá o que passa na cabeça desta gente... Tem esse nome porque é um cachorrinho todo preto, e daí? Não somos branquelas?
ResponderExcluirOlha, Wanderley, tem tanta coisa 'neste país' para arrumarem e estão aí se enrolando com frescuras. Adorei as cantigas antigas... trouxeram recordações.
beijos
tais luso
Meu amigo...
ResponderExcluir"Enquadrar o Cravo na Lei Maria da Penha" foi demais!!!(rsrsr). Ótimo texto. Só sei de uma coisa, cantei tanto "atirei o pau no gato" e nem por isso me tornei uma pessoa agressiva. Esse "politicamente correto", não está correto. Super proteger as crianças, é correto? Não é o que temos visto por ai. Beijoooooos!!!
Hahaha, divertidíssimo e atualíssimo este texto. Aqui consta toda a verdade que estamos procurando mascarar a cada dia... Que coisa é essa de deturpar letra de musica infantil. Parece mais coisa de quem não tem o que fazer.
ResponderExcluirIncita coisa nenhuma, o que incita é a falta de educação, de princípios, de caráter, de ombridade. Isso sim, incita a violência.
Fomos criados cantando essas musicas e nada aconteceu às nossas personalidades, não
perdemos o rumo nem a civilidade.
Esse texto retrata o que é a inversão de valores nesta sociedade hipócrita e equivocada.
Bah! Amei esse post!
Beijos, querido!
concordo totalmente com você. Lembro que quandop eu era criança e alguém dizia que uma pessoa muito feia tinha muita beleza interior, a molecada mandava virar a criatura do avesso... Pura maldade, rsrs
ResponderExcluirmas a ona do "politicamente correto está destruindo peças do nosso folclore por conta de intenções que, ao meu ver, são absurdas. Cantei muito "atirei o pau no gato" enquqanto brincava e nunca torturei nenhum bichano por conta disse. Pelo contrário: cheguei a criar vinte e quatro gatos (sabe como é, era um casal e foram nascendo gatinhos, que foram tendo gatinhos...) Nem fiquei violenta com minha filha por causa da "samba lê lê". Vejo um histerismo em torno de tudo isso. Nem o feio pode mais ser chamado de feio. Onde vamos parar?
Boa tarde, querido amigo Wanderley.
ResponderExcluirGostei demais. Eu cantava essas músicas quando pequena, mas sabia que aquilo era um entretenimento bem humorado.
Se tudo isso tivesse que ser didático, as histórias das princesas, onde no final, sempre diz: E foram felizes para sempre, teriam que ser mudadas também, porque na vida real ser feliz não é fácil, mas nós continuamos caminhando, e tentando viver da melhor forma possível.
Só se colocar os filhos dentro de uma redoma.
Ensinar não é tapar o sol com a peneira. Dentro da realidade, eles precisam aprender a separar o joio do trigo.
Muito obrigada pela informação da origem dessas músicas. Foi uma aula.
Um grande abraço.
Olá, Wanderley
ResponderExcluirUm texto excelente que nos leva a refletir que nem toda a evolução foi benéfica; ao contrário, muitas "modernices" só geram confusão e descontentamento.
Continuação de boa semana. Beijinhos
Fantástico, fantástico!!
ResponderExcluir"Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha". KKKKKKKKKKKK!!!
Também não se diz mais cão viralata e sim cão sem raça definida... favela virou comunidade e por aí vai... Melhor ficar calada, afinal "dizer o que realmente importa é considerado uma gafe"(C. L.) Hahahahaha!!
Adorei a qualidade do texto e a reflexão proposta!
Beijos, beijos!
Pois é. Nenhuma criança tocou fogo em casa porque fez um experiência com fogo na escola... mas não, a direção da escola nunca deixa. Que criança é essa que não pode mexer com fogo? Duvido que nunca tenham mexido com fogo em casa.
ResponderExcluirAgora, com relação aos nomes para se referir a certas minorias, acho que a coisa tem que ser feita com as devidas resalvas. Tem algumas coisas que soam ofensivas mesmo.
Um beijo Wander!
Marvilhoso e inteligente post.
ResponderExcluirBeijooooo
O uso das cantigas infantis é de grande valia ao mundo da criança.São atividades lúdicas vistas com delicadeza.Além disso,também recurso rico e interessante na educação infantil.Penso que é necessário trabalhar corretamente em cima de propostas onde a criança faça interpretação da temática das músicas.Canções infantis tem um poder mágico,história bem contada com todos aqueles truques que só quem trabalha na área da educação e pais sabem causam verdadeiras transformações.Enfim,análise profunda deverá ser feita, afinal o que não se deve é deixar de existir é o encantamento e a beleza do mundo imaginário da criança.
ResponderExcluirAbraços meus!
Vim te fazer uma visita, apesar de tarde ou cedo...
ResponderExcluirDesejo-te uma linda sexta
bjs
Essa paranóia pra mim tem cheiro de peso na consciência...
ResponderExcluirafffff que ridiculo
ResponderExcluirEu nunca joguei fogo em ninguem, nunca briguei com ninguem, nunca bati nem apanhei de ninguem, trato td mundo com a maior educação e odeio violnecia. E quando eu era pivete, eu ouvia mamonas assassinas e suas letras cheias de palavrões.
Será que se eles ainda estivessem vivos, estariam sendo censurados?
lamentável mesmo
Exageros do "politicamente correto" à parte , gostaria de saber como o autor do texto se sentiria - fosse gordo, negro, pobre, careca, gay, etc - sendo chamado por aqueles apelidos que ele considera frutos da "criatividade" do brasileiro e da "boa sacanagem". É a velha história de que "pimenta no olho dos outros é refresco...". Se ele, de longe, pudesse imaginar o quanto pessoas sofrem, de verdade, por causa desse tipo de "brincadeira", talvez se limitasse às considerações da primeira parte do texto (sobre a censura à arte poética - literatura, música). Bastaria ler alguns artigos de psicologia sobre bulliyng, auto-estima etc., e verificar os relatos das vítimas da "boa sacanagem" - "boa" só para alimentar a insensibilidade dos que a praticam (coisa do tipo que produziu os caracteres dos carrascos de Auschwitz - vide Adorno). O apologista do "politicamente incorreto" talvez devesse considerar que, mais do que cultores de uma "boa sacanagem", o mundo precisa de seguidores da "regra de ouro".
ResponderExcluirLuciano
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirSão novos tempos. Essa mudança nas letras é uma evolução, não é um retrocesso. Não é porque Villa-Lobos usou algo que esse algo deveria ser intocado. Isso sim seria falta de democracia. Fora que você está errado, Villa Lobos não escreveu Samba Lelê. Ele apenas compilou e arranjou. A letra já existia. E digo mais: Não é a "tia do maternal" que está mudando a letra. São compositores, músicos formados, agregando pedagogia e teoria do desenvolvimento. A propósito, eu sou um desses músicos. O que está acontecendo, na realidade, é uma mudança cultural, uma evolução, uma melhora. É só pensar que, no século XVIII, por exemplo, era normal e natural ter escravos. Hoje, ter escravos é atitude hedionda. A forma de enxergar as coisas muda com o tempo. Logo, é mais do que natural que letras de canções antigas, que tratam de temas como violência como se fossem algo natural, mudem também. Quem não enxerga essas melhoras são apenas pessoas fechadas ao novo. Mas que são inevitáveis, isso são. E ainda bem que assim são!
ResponderExcluir