Minha poesia não é pra ser recitada em
Saraus ou Academias de Letras.
É pra ser lida, sentida
No fundo do estômago
No útero, no saco escrotal.
Minha poesia vem das ruas
Avenidas encardidas
Lamacentas
Limo, excrementos
Vômitos esverdeados
De quem tem sede de vida.
Minha poesia não é de métrica
Nem rima rica
A pobreza define e alimenta os versos
Tão indigestos que
Dão azia, caganeira
Larica.
Minha poesia é kirsh
Sem cores de Almodóvar
Tudo em preto e branco
Cadelas e cachorros não enxergam colorido.
Minha poesia é pop.
A Bosta é pop!
Todo mundo faz e
Cada qual a sua maneira.
Mais dura ou mais mole
Depende do que se comeu na véspera.
Minha poesia pode ser diluída
Na cerveja, na cachaça
Na garapa vendida na feira e
Mais dois pastéis
bem grandes
que possam caber perplexidade
e espanto.
Minha poesia está sempre indignada
Aterrorizada
Por tanta genialidade óbvia
Que só vive de conceito
Na pia batismal
Sacramentando o egoísmo e a sordidez;
O olhar míngua ao dar nome
ao próprio umbigo.
Minha poesia está sempre de olhos arregalados
Sem dormir a canção de Drummond
Que Me fez acordar para sempre.
Só a criança em Mim dorme
Porque há mais de um século está morta.
Minha poesia é feita do lixo!
Faz desmoronar o planeta insustentável
Empobrecido pelo ser humano
E seu medo de amar.
Meu poema é o dejeto que não se recicla!
Tenho uma amiga jornalista, Elisa Alves, que diz: A merda é que sustenta o corpo".
ResponderExcluirEla tem razão.
Bjs.
Eu não sei recitar poesia. Droga! Não sei rimar enquanto leio.
ResponderExcluirMas eu gostei muito dessa.
Bjs
a Lou é ótima, sempre vou lá no blog dela.
ResponderExcluirGostei da poesia.
abraços
meu amigo que letra... profundas letras sentimiento en cada letras... muy personal...
ResponderExcluirsaludos
linda semana
abracos
minha amistad por sempre...
Querido amigo, tudo hoje em dia é reciclável, até poesia. Forma interessante de poetar. Beijocas
ResponderExcluirBelo poema da Lou, minha grande Amiga. Fizemos versos juntos. Ela deve ter achado engraçado, pois em nosso poema havia rimas e métricas. Ela deve ter ficado maluca (culpa minha). Mas tanto a poesia como a arte deveria sair dos salões e ir diretamente às ruas onde o povo está. Dou o meu Salve aos grafiteiros das ruas, verdadeiros artistas.
ResponderExcluirNossa, será que ela é mais verdadeira por isso? Ao menos é menos preocupada com a estética e mais com a verdade o sentimento real... porque cá entre nós tem coisa que eu nem entendo para poder sentir nas poesias por ai rs, bjuu!
ResponderExcluirDiscordo da poesia ser bosta e toda a porcaria apontada, esverdeada de merda amarela.......
ResponderExcluirA poesia é arte que nasce e vive na rua e se vê escorrer dos olhos e uma criança ou nas mãos de um velhinho que segura os últimos raios de Sol nas mãozitas transparentes de incapacidades.
Gosto de poesia mas não daqueles que a maltratam e a vomitam como excrementos do pequeno almoço.
Lou é sempre inspiradíssima!abraços, tudo de bom,chica
ResponderExcluirSimplesmente demais,,,nossa amiga Lou deu show nesse texto...abraços amigo e um belo dia pra ti....chove chuva...ontem despencou o céu por aqui no Carlos Prates...rs..rs...pendurei na janela...
ResponderExcluirvoz iconoclasta,
ResponderExcluirabraço
Uma poesia escatológica. Muito interesante, estilo Augusto dos Anjos.
ResponderExcluirBeijos.
Diferente,mais ou menos, sei la...
ResponderExcluirBeijossssssssssss
Ferina... doa a quem doer... essa já tá no ventilador da blogosfera... rs
ResponderExcluirA Lou é sensacional.
Saudades de vc, Wan.
Beijokas.
Amei... Essa poesia lixo... A minha poesia é também feita dessas sobras... E tb não se recicla.
ResponderExcluirAmigo, acho que a minha identificação com a poesia na voz de Adriana Calcanhoto tem a ver com a voz da mulher - a minha voz. Parece mais minha... Isso deve explicar a sua com Fagner né? Bjs!
E vamos confiar na VOZ! ;)
Pop até demais!!!
ResponderExcluirExtremamente imersa na miséria que circunda a existência humana. Nada de beleza nas rimas que não existem nem na métrica ausente. Mas bela no conteúdo acerca do que é a realidade existencial.
Amigo, fico sempre feliz por sua visita sempre singela. Perdoa-me por minha incosntância. Espero que o novo ano me conceda estar mais presente na página dos amigos.
Bju
Wanderley,
ResponderExcluirNão conhecia , mas gostei ... :)
Bjo.
o mundo fede!
ResponderExcluirchuto a bosta pro lado e passo linda ... vivas à minha vida!!
;-)
Nusssssss. Forte né? revoltada e um pouco nojenta, ahahaha.
ResponderExcluirPois é Wanderley, estou de volta e aproveitei super minhas mini férias - só nao foi melhor porque acabou rápido demais, ahaha.
Bjos
"Tudo em preto e branco
ResponderExcluirCadelas e cachorros não enxergam colorido."
O PODEEER! Adorei isso! Me inspirou por centenas de anos. E eu achei que estivesse com "raiva" de mim por alguma coisa que fiz e que você não gostou. É, acontece. Não diria que eu odeio o Natal nem as datas comemorativas, mas a falsidade nesses dias... aiai.
Eu concordo com a amiga Marilu
ResponderExcluirQuerido amigo, tudo hoje em dia é reciclável, até poesia.
bjs
WOW!!!!! Babado forte esse! Vou pensar! Hugz!
ResponderExcluirpois é e temos que aguentar essa merda!
ResponderExcluiruó
A verdade existe e tem que ser dita doa quem doer!
ResponderExcluirBeijos
Um poema intenso e verdadeiro!
ResponderExcluirAproveito a oportunidade para desejar-te um feliz natal!
Um beijo carinhoso
Muitíssimo interessante este poema...como cada um vê o mundo a seu próprio modo...uns com mais sonhos, outros com muita realidade... beijinhos
ResponderExcluirValéria
A-do-rei!!! E põe pop nisso...
ResponderExcluirQue sustentabilidade!!! :)
Vou recitá-la a partir de hoje quando me tirarem do sério.
E vou agorinha conhecer a autora.
Beijos, Wanderley.
Nem imagina
ResponderExcluira alegria
com que li
esta porcaria
do Lou Albergaria
Fiquei enojado?
Claro que não!
Não se fica
quando já se anda
há um tempão...
Caraca, que post. Nossa perfeito.
ResponderExcluirBjos achocolatados
A poesia tem o poder de comunicar, ela é para ser lida e sentida, seja em saraus ou no meio da rua, o lugar tanto faz tudo é poesia do mesmo jeito.
ResponderExcluirBeijos
Oi Wanderley! Mais uma vez acertaste na escolha. Parabéns!
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.
Putz, fiz um comentário inspirado e não saiu,rsrs
ResponderExcluirGostei. Mas poderia ter expressado tudo com menos palavras e mais força (sem falsos pudores)
Não podemos ignorar o lado escuro/obscuro da vida...
Beijos
A poesia ganha vida nova cada vez que é pronunciada pela diversidade de alguéns...
ResponderExcluirUm abraço.
Boa tarde, querido amigo Wanderley.
ResponderExcluirSe ela fosse menos pop, o mundo seria melhor.
Um grande abraço.
Poesia Punk¡¡¡
ResponderExcluirMarcante e pop mesmo! Quem é que está livre disso?
ResponderExcluirUm beijo!
Querido, não sei se gosta, mas tem um desafio para vc lá em meu blog.
ResponderExcluirBeijos
Realmente essa não dá pra recitar em rimas, pois é da profundeza dos mortais, e no fundo, fundo está tudo melado e ou sujo. E haja rolo de papel para limpar toda a sujeira!
ResponderExcluirBravo...
Abraço
Beijos e obrigada pela visita
ResponderExcluira poesia é dela e ela sabe muito bem onde lhe pesa a inspiração.
ResponderExcluirmuito boa!!!!!!!
abração
Oi Wanderley saudades de ti ( como dizem lá no sul)
ResponderExcluiraqui é saudades de voce meu querido!! rs
obrigada pelo carinho .
Fiquei até curiosa pra conhecer a poetiza Lou , vou lá ,
gosto da realidade mas mexe um pouco com meu estomago! rs
prefiro os mais brandos , tanta palavra bonita!, de verdade na poesia nao gosto muito, mas admiro quem escreve assim.
abraços abraços
Poesia porrada e porreta!!!
ResponderExcluirBeijooooo
Embora o mundo cheire mal e as pessoas maltratem, quem não devem a poesia para mim será sempre, a ternura ou a nostalgia do sentir. Beijos com carinho
ResponderExcluiroi lindão
ResponderExcluirvc sempre gentil comigo né
obrigada pelas visitas
adoroooooooooo
bjssssssssss
fiquei tensa... rs
ResponderExcluirbjs
Boa noite Wanderley! linda poesia mesmo.
ResponderExcluirCarla Fernanda
Wanderley,
ResponderExcluirObrigada pelo carinho e atenção!
Adorei os comentários! As divergências só me ampliam...
E aos que gostaram, muito obrigada! E aos que não gostaram...muito obrigada também! Valeu!
BEIJOS!!!
Lindo o comment da Lua Nova: a LOU já está no ventilador da blogosfera....amei.... Não tem aquele dito popular: "jogar a merda no ventilador"? Acho que é meio por aí....hahaha...
Obrigada, querido!!!
A lua de prata
ResponderExcluirno céu se esconde
As estrelas pingam
lágrimas de saudade
A noite grita
dentro de mim o teu nome
Lou Witt
Feliz noite....Beijos meus! M@ria
passando p deixar um abraço meu amigo!!
ResponderExcluiraproveito p deixar boas festas
Oi amigo Wanderley...
ResponderExcluirEu estou oferecendo meu cartãozinho de Natal, no meu Blog AGUA DE ROSAS, apareça...
http://aguaderosas-jacque.blogspot.com/
É forte... muito forte...
ResponderExcluirWanderley querido,
ResponderExcluirEspetacular o desenrolar desta bosta pop, achei incrível a imaginação e a capacidade do pensamento.
Desejo um Natal renovador e cheio de luz dentro deste coração, desta forma podemos agradecer por mais um Ano, e que o próximo venha carregado de harmonia,paz e felicidade e muita saúde.
Beijos de Luz!
A vida é como a vemos...cheia de dualidade...rica e pobre, feia e bonita e por aí vai. Depende de cada um, do momento vivido...assim é a poesia tb.
ResponderExcluirAdoro esse seu canto, querido.
Dia "chovisquento" por aqui...chatinho, chatinho...vou procurar o sol ! rs
Bjs meus
conheço a Lou ESCREVE divinamente evc parabéns pela escolha meu querido bjos!
ResponderExcluirFoda-se! Desculpe a expressao meu amigao mas este poema e sensacional, maravilhoso, campeao, excelente..., no qual me identifico completamente!
ResponderExcluirAproveito esta passagem- ja que estou ausente da netosfera- para desejar a voce um Santo Natal e Feliz Ano Novo!
Abc
Oi, Wanderley,
ResponderExcluirSaudades de passar por aqui...
Agora férias escoalres!!!! O meu blog volta ao normal e posso vir aqui te visitar mais vezes.
Beijos,
Cida.
Belissimo dia pra ti amigo,,,muita paz e poesia...se tiver chuva pro seu lado ai,,mada pra cá,,,aqui um sol pra cada um...rs..rs...abraços.
ResponderExcluirQue forte, Wanderley!
ResponderExcluirGostei!
Bjo, querido.
.... fiquei presa a imagem....
ResponderExcluirMeu querido amigo, estou afastada, mas vim te deixar um presente de Natal.
ResponderExcluirEstá lá no meu blog de mimos, cujo endereço é:
http://presentes-rabiscosdaalma.blogspot.com/
É de ♥ que te ofereço, pois gosto muito de você.
Beijos, muitos.
Timidamente de volta!
ResponderExcluirO ano acabando e o tempo pra visitar os bons amigos blogueiros retornando aos poucos!
Vim ler poesia e deixar abraços... e reforçar os laços para que em 2011 estejamso juntos outra vez!
Poema forte o de hoje, hein! Fantástico!
Abraços.
Jr.
Poema forte, mas verdadeiro, amo isso! Ótima escolha meu amigo! Carinhos pra ti... Bjsss
ResponderExcluirQuando descreve-se o que realmente existe, alguns torcem o nariz fingindo-se não entender. E assim a vai segue. Acorda! meninos e meninas.
ResponderExcluirAbraços Wanderley
Cueca de castidade???? Compraonde??? Heheh! Bjz!
ResponderExcluirNossa,, legal!! rasgou o verbo!!! gostei da liberdade de expressão!! Querido, quando puder visite o meu blog ECOS da cultura popular e se quiser responda ao caderninho de perguntas que é uma brincadeira antiga que se usava na escola. Será que vc brincou disso? Bjs!
ResponderExcluirOlá, Wanderley
ResponderExcluirFranqueza, franquezinha? Não faz o meu género.
Contudo, admiro quem consegue escrever assim.
Eu gosto muito de poesia, mas mais...clássica, entende?
Há tanta coisa feia no mundo! Que ao menos a poesia nos faça ver positivo.
Penso que vc vai gostar do meu post de hoje. Ou não?
Noite feliz. Beijinhos
Boa Noite! Amigo
ResponderExcluirEta! Poema! Interessante!
Me fez lembrar do filme "Perfume - a história de um assassino". Jean-Baptiste nasce numa barraca de peixe, em meio a sujeira, cheiros fedorentos. E ele cresce com o dom de reconhecer, sentir os cheiros. Ele é sujo, maltrapilho, mais vê a beleza dos cheiros em meio as porcarias de luxo e lixo.
Eu diria que ele é um poeta dos cheiros. O único problema é que todo poeta precisa manter os pés no chão, de vez em quando, se não enlouquesse.
...
Abraço!
Boa Noite! Amigo
ResponderExcluirEta! Poema! Interessante!
Me fez lembrar do filme "Perfume - a história de um assassino". Jean-Baptiste nasce numa barraca de peixe, em meio a sujeira, cheiros fedorentos. E ele cresce com o dom de reconhecer, sentir os cheiros. Ele é sujo, maltrapilho, mais vê a beleza dos cheiros em meio as porcarias de luxo e lixo.
Eu diria que ele é um poeta dos cheiros. O único problema é que todo poeta precisa manter os pés no chão, de vez em quando, se não enlouquece.
...
Abraço!
Meu querido
ResponderExcluirAorei o poema da Lu...muito belo.
Deixo um beijinho, agradecendo o carinho de sempre.
Sonhadora
Bábaro, nem tudo na vida é perfume...
ResponderExcluirBeijo Lisette.
Penso no quanto a poesia tem força, no quanto ela resiste e persiste apesar de...É uma deusa a poesia!
ResponderExcluirFortíssimo, mas gostei!!
ResponderExcluirAliás sempre me surpreendo positivamente no seu blog!!
Beijão
Só mesmo em seu blog um poem MEU poderia receber mais de 70 comentários.
ResponderExcluirNos meus blogs, apesar de serem muito visitados, poucos comentam. Não sei porque ocorre. Acho que as pessoas têm algum receio da minha pessoa, pois quando algum poema meu é postado em outros blogs bate recordes de comentários.
É um fenômeno interessante para minha biografia. hehehe....
Adorei os novos comentários. Só não concordei com a Lu - minha chará - de que "o poeta precisa manter os pés no chão, senão enlouquece."
Comigo é exatamente o contrário, apesar desse poema em especial ser BASTANTE PÉ NO CHÃO. Aliás, um dos poemas mais REALISTAS E CONCRETOS que já fiz na vida. Por isso, fiquei sem entender muito bem sua colocação. E quanto à semelhança com O PERFUME, inclusive um dos melhores livros que já li na vida do SUSKIND, realmente as semelhanças são muito grandes e nem havia me lembrado dele conscientemente quando fiz o poema, mas com certeza, meu inconsciente atuou nisso. Obrigada, Lu, pela lembrança desse livro que depois foi filmado. Mas o livro é infinitamente melhor, embora comparar mídias distintas seja uma tolice. Mas prefiro os livros, apesar de amar o Cinema.
Muitos beijos, Wanderley!!!
Só um amigo tão querido como você por tantas pessoas poderia me proporcionar essa resposta dos leitores. Como te disse: Sou muito vista ( mais de 500 visualizações por dia, mas pouco comentada)
Acaso sentem algum MEDO DE SEREM DEVORADOS PELA LOBA?!!! hahahaha....
Adoro você!!!!
Outro dia mandei um email pra Lua do blog LUA E TRANSMUTAÇÃO e disse a ela: a Lou/Loba é igual cachaça; ou odeiam ou se viciam... Causo esses extremismos nas pessoas. E não é intencional, mas "faz parte do meu show...meu amor....."
Bela escolha.A Lou é maravilhosa. Adoro essa verdade em seus poemas...
ResponderExcluirBeijos
MUITO BOM!
ResponderExcluirA Lou é maravilhosa e esse poema é do KCT.
ResponderExcluirAbraços.