quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A espera



Na parede,
o retrato amarelado
marca o tempo,
o pó se acumula sobre
os móveis,
de nada adinata os
espanadores,
as plantas e o conário
morreram.
E ela na janela,
de olhar fixo na estrada
espera por seu grande
amor,
que se foi promentendo
voltar.

Wanderley Elian

16 comentários:

  1. "Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
    Manhã parece, carece de esperar também
    Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém"

    Sempre esperamos um grande amor...um amor maior...o unico amor...aquele...aquele...aquele...que sempre, só nos faz esperar...
    junto com Pedro...

    ResponderExcluir
  2. Relativamente, o todo e o tudo...
    É fato de que não há nada de bom para ser lembrado e/ou guardado no que foi supostamente vivido em sua plenitude.
    Todavia, fica arduamente estabelecido que:
    Esta briga do esquecer completamente não cessa nunca.
    Este incômodo nato e cansativo é tão inquietante quanto à peleja.
    É notório o quão foi efêmera esta cumplicidade.
    Quanto ao título? Certamente uma totalidade que nunca existiu.
    Moral dessa história: É um não querer lembrar sabendo quase que aos gritos que jamais será esquecido.
    Texto que acabo de postar em minha estação. Te vejo por lá. Com carinho minhas folhas secas pra ti.

    ResponderExcluir
  3. triste espera , triste saudade e nos faz repensar o passado.Muito Bommmmmmm.

    Bom dia Wanderley!

    ResponderExcluir
  4. A espera existe, a solidão também. Amar é algo terrível, criamos vínculos tão intensos que nem a nossa o nosso comprometimento pode destruí-los, por mais que isso nos doa. Belo poema.

    Um abraço !

    ResponderExcluir
  5. Wan, meu querido, bom dia!!

    Sempre muito bom passar por aqui, excelentes postagens!!

    Quanto à espera... é triste esperar por quem nunca vai chegar!!! Espero que não seja este, o caso dela!!

    Beijo grande!! Saudades...

    ResponderExcluir
  6. Wanderley,
    Me veio logo na memória a "Banda" de Chico Buarque:

    Estava à toa na vida
    O meu amor me chamou
    Pra ver a banda passar
    Cantando coisas de amor

    A minha gente sofrida
    Despediu-se da dor
    Pra ver a banda passar
    Cantando coisas de amor

    O homem sério que contava dinheiro parou
    O faroleiro que contava vantagem parou
    A namorada que contava as estrelas parou
    Para ver, ouvir e dar passagem

    A moça triste que vivia calada sorriu
    A rosa triste que vivia fechada se abriu
    E a meninada toda se assanhou
    Pra ver a banda passar
    Cantando coisas de amor

    Estava à toa na vida
    O meu amor me chamou
    Pra ver a banda passar
    Cantando coisas de amor

    A minha gente sofrida
    Despediu-se da dor
    Pra ver a banda passar
    Cantando coisas de amor

    O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
    Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
    A moça feia debruçou na janela
    Pensando que a banda tocava pra ela

    A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
    A lua cheia que vivia escondida surgiu
    Minha cidade toda se enfeitou
    Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

    Mas para meu desencanto
    O que era doce acabou
    Tudo tomou seu lugar
    Depois que a banda passou

    E cada qual no seu canto
    Em cada canto uma dor
    Depois da banda passar
    Cantando coisas de amor
    Depois da banda passar
    Cantando coisas de amor...

    Abraços.
    ________
    AFOGANDO O GANSO ENTERTAINMENT
    http://jafogandooganso.wordpress.com/
    Leia também ->

    ResponderExcluir
  7. E a vida passa na janela. Ou nem passa. A impressão de quem espera, é que não passa, embora a poeira nas plantas,nos móveis denunciem isso.Um abraço,amigo

    ResponderExcluir
  8. Ai que triste... tudo morreu a sua volta, menos a esperança...

    beijos querido, tenha um lindo dia!!

    ResponderExcluir
  9. Belissimo seu poma amigo, como sempre, eu aqui na minha janela, na realidade nao espero o amor voltar, espero ele vir em vez primeira, e pra ficar....abraços e otimo dia.

    ResponderExcluir
  10. Imaginando a cena...

    Só falta ela estar costurando e descosturando como naquele conto! bjus

    ResponderExcluir
  11. Ah que triste isso Wanderley, por um instante me vi ali na janela...quero isso não.

    Ando tão sentimental, ou sempre fui, sei lá, mas tenho tido um certo medo da solidão, de ser ela eterna, me entende né meu amigo?

    Beijos querido.

    ResponderExcluir
  12. Wanderley,

    obrigado pela presença no Equador. Que façamos uma bonita amizade entre versos e palavras...

    Continuemos...

    ResponderExcluir
  13. Nem o canto do canário a consolá-la...




    Abração,







    Marcelo.

    ResponderExcluir
  14. tadinha, esperando ate hoje pelo amado, que crueldade ne... mais ela deveria ter partido pra outra... bom este conto me lembrou a epoca das princesas, e um episodio de meu desenho predileto Pokémon, o espirito da donzela :) uma abraço!

    ResponderExcluir
  15. Wanderley! Amigo! tudo bem c/ vc?

    Olha! amei este poema* es como poço dizer - um amor que permanece* amamos várias personas, mas existe aquela especial, que es um amor para a vida toda*

    ResponderExcluir

passou por aqui . deixe sua impressão . obrigado

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...