O trem de ferro
passa no campo
entre telégrafos.
Sem poder fugir
sem poder voar
sem poder sonhar
sem poder ser telégrafo.
A moça na janela
vê o trem correr
ouve o tempo passar.
O tempo é tanto
que se pode ouvir
e ela o escuta passar
como se outro trem.
Cresce o oculto
elástico dos gestos:
vê planta crescer
sente a terra rodar:
que o tempo é tanto
que se deixa ver.
João Cabral de Melo Neto
Wanderley Elian
Parodiando Chico Buarque: "Pra ver o trem passar contando coisas...tantas coisas.
ResponderExcluirBjs.
Adoro João Cabral de Melo Neto. Bom feriado!
ResponderExcluirAdorava ir pro centro da cidade ver o trem passar.rs
ResponderExcluirverdade, o barulhinho no trilho nunca esqueci.
abraços Wnaderley
já voltou? ou programou?
fique bem
Oi.. Tudo bem?
ResponderExcluirQue bacana esse seu blog, muito interessante estou lendo vários poemas aqui. Esse mesmo é muito lindo. Parabéns pelo Blog e pelos poemas.
Vou continua acompanhando seus poemas, pois já tou seguindo já. Segue o meu lá também, tem um trabalho bem bacana.
http://galeriadephotoos.blogspot.com/
Saudações, Abraço!
Suedivaldo
Já não ando de trem há tanto tempo. Que saudades.
ResponderExcluirWanderley, meu querido
ResponderExcluirTenho paixão pelo trem!
Sendo filha de ferroviário, tenho sempre viva na memória a minha distante infância, em cujos trilhos havia sempre uma composição a correr...
Agora você me oferece, não bastasse o trem, João Cabral de Melo Neto!
Grata, meu querido amigo!
Enorme abraço.
Adoro João Cabral, tão real seus poemas! E as férias?
ResponderExcluirBj*
Bom dia!
ResponderExcluirBelo poema.
Justifico minha ausencia por estar em viagem e por estar totalmente envolvida no Concurso de Poesia Oficina da Palavra.
Depois te trago o Selo e o Baner do Concurso pra voce expor por aqui caso queira divulgar.
Saudades de voce e daqui nesse canto de encanto.
Bjins
adoro João Cabral de Melo Neto
ResponderExcluirO tempo passa tão depressa, mas é estranho como as vezes ele passa imensamente devagar, principalmente quando a saudade é grande e o reencontro é marcado e remarcado e mais uma vez adiado...
ResponderExcluirBeijos
Só depois
ResponderExcluirCom o trem já distante
É que o tempo,
Astuto, manhoso,
Aflora soluções tardias...
Apenas, olho contemplando.
Tácito
Adoro o barulho do trem. Podia ficar escutando o dia inteiro.
ResponderExcluirBeijos!
Olá meu cara amigo Wanderley Elian, que belo poema, toda genialidade desse grande poeta.Uma bela imagem.
ResponderExcluirforte abraço
C@urosa
Que ela saiba voar para além da janela...
ResponderExcluirBj Wander!
grande poema, bela lembrança
ResponderExcluirabraço
O comboio passa...e a vida dessa moça não para...
ResponderExcluirBeijo d'anjo
Podemos sempre estar em constante viagem, não importa onde estejamos!
ResponderExcluirAbraços
Hummmmm!!!!!!!
ResponderExcluirDelícia de texto!
Adorei!
beejo, beejo!
Ai,que adoro poesia!De todas as cores ,de toda gente!
ResponderExcluir"... É a conta que "me cabe" neste latifúndio"
hehe
Parabéns.
Boa semana
Se não podemos embarcar no trem, deixamos ao menos nossos sentidos viajarem nele que nos toca com seu "piui" e segue veloz os seus caminhos no trilho...
ResponderExcluirUm beijo!!
É o que cham viajar sem sair do sítio!
ResponderExcluirBEIJOS
Cheguei até aqui por causa da Saozita, parabéns pelo duplix, Wanderley!! Um bom feriado e bela poesia!! :)
ResponderExcluirUm tempo palpavel...vivo.
ResponderExcluirA vida,um trem desgovernado.
a moça, estagnada vendo passar.
Achei uma coincidência interessante.
Estamos usando a mesma imagem.
Com algumas diferenças.
Beijos
Queria poder pegar o tempo... Não é possível... Talvez eu volte a ser criança, talvez eu possa pegar o tempo.
ResponderExcluirAbraço.
João Cabral de Melo Neto, gosto muito do estilo dele. Escreve muito bem. Bom restiinho de semana.
ResponderExcluirBeijos!
se tem algo que não gosto de perder...é o tempo...este, não volta mais...
ResponderExcluirbeijos em você!!!
Bia
E o tempo passa e o trem segue, como tudo na vida...as vezes ficamos a observar a vida a passar...
ResponderExcluirBjos achocolatados
O Trêm vai, o Trêm volta... E tudo continua sempre a mesma coisa... Poética perfeita, escolha mais que perfeita...
ResponderExcluirAbração...
Magnífico! Que poema lindo!
ResponderExcluirO olhar de fora da janela é um espetáculo, principalmente quando esse olhar vira uma poesia!
Abraços!
Acredita que, com 46 anos de vida nunca andei de trem? não sei nem porque! talvez oportunidade, sei lá....rs. beijITinhos de IT, a mulher que nunca andou de trem.
ResponderExcluirLindo, Wanderley. O Cabral é tudo de bom. O lado romântico do ver o trem passar e "viajar" na imaginação. Só não curti muito o trem-bala no ano passado. Parece um avião, o bicho, e na terra. :)
ResponderExcluirBeijo
Lindo poema,né!
ResponderExcluirOi amigo..
ResponderExcluirQue lindo poema do Cabral de Melo Neto... Somente um blog tão bacana como o seu e alguém de sensibilidade gigantesca feito vc poderia nos presentear com tanta beleza... Abraços!1 Luz e Paz!