Aos domingos as rua estão desertas
e parecem mais largas.
Ausentam-se os homens à procura
de outros novos cansaços que os descansem.
Seu livre arbítrio alegremente os força
a fazerem o mesmo que fizeram
ou outros que foram fazer o que eles fizeram.
E assim as ruas ficam mais largas,
o ar mais limpo, o sol mais descoberto.
Ficaram os bêbados com mais espaço para trocarem as pernas
e espetarem o ventre e alargarem os braços
no amplexo de amor que só eles conhecem.
O olhar aberto às largas perspectivas
difunde-se e trespassa
os sucessivos, transparentes planos.
Um cão vadio sem pressa e sem medos
fareja o coletor tombado no passeio.
É domingo
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar
empoleirados nelas.
Tudo volta ao princípio.
E ao princípio o lixo do coletor cheirava a estrume das vacas
e o asfalto das ruas corriam em sobressaltos por entre as pedras
levando consigo a imagem das flores amarelas do tejo,
enquanto o transeunte,
no deslumbramento do encontro inesperado,
eleva a mão e acena
para o passeio fronteiro onde não vai ninguém.
Antonio Gedão
Wanderley Elian
e parecem mais largas.
Ausentam-se os homens à procura
de outros novos cansaços que os descansem.
Seu livre arbítrio alegremente os força
a fazerem o mesmo que fizeram
ou outros que foram fazer o que eles fizeram.
E assim as ruas ficam mais largas,
o ar mais limpo, o sol mais descoberto.
Ficaram os bêbados com mais espaço para trocarem as pernas
e espetarem o ventre e alargarem os braços
no amplexo de amor que só eles conhecem.
O olhar aberto às largas perspectivas
difunde-se e trespassa
os sucessivos, transparentes planos.
Um cão vadio sem pressa e sem medos
fareja o coletor tombado no passeio.
É domingo
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar
empoleirados nelas.
Tudo volta ao princípio.
E ao princípio o lixo do coletor cheirava a estrume das vacas
e o asfalto das ruas corriam em sobressaltos por entre as pedras
levando consigo a imagem das flores amarelas do tejo,
enquanto o transeunte,
no deslumbramento do encontro inesperado,
eleva a mão e acena
para o passeio fronteiro onde não vai ninguém.
Antonio Gedão
Wanderley Elian
Domingo é o dia em que toda a cidade parece que virou interior.
ResponderExcluirGrande Abraço
Domingo é o dia que gosto de refletir tudo que fiz na semana que passou e sobre tudo que irei fazer na semana seguinte.
ResponderExcluirTe desejo um ótimo domingo.
abraços
Hugo
Wan, querido, eu acho os domingos à tarde tão vazios, monótonos!! E só de pensar que no dia seguinte a labuta recomeça, já dá um desânimo!! rsrs...
ResponderExcluirE se estiver chovendo, como hoje, pior ainda!! rsrs...
Mas não tem como escapar, vamos à luta!!
Desejo-te uma semana de muita paz!! Grande beijo!!
Verdade Felipe, dá uma preguiça danada.
ResponderExcluirUma ótima semana para você.
Abraço
Nossa Hugo, acho domingo um saco, só em pensar que tenho que trabalhar amanhã, da vontade de chorar
ResponderExcluirrsrsrsrs
Uma ótima semana para você.
bjs
Regina, acho que domingo é um saco em qualquer cidade do mundo mas, como você disse, faze o que?
ResponderExcluirVamos a luta.
Uma ótima semana pra você.
Beijos
Amigo poeta..
ResponderExcluir..que belo retrato fazes deste dia, o Domingo
um dia que começa geralmente em sua resplandescente beleza e vai se esvaindo, se esvaindo..e transformando-se em uma melâncolia ao fim da tarde querendo nos dizer: Viu estive ai, tu não me aproveitou e agora parto...
..ou viu foi ótimo estar contigo, sentirei saudades...
Grande abraço!
Olá Wanderley, domingo não é um saco, caro amigo! Domingo é dia de se levantar mais tarde, tomar uma caipirinha antes do almoço, saborear uma bela macarronada da mama ou da esposa e assistir mais tarde, na TV, seu time preferido. A noite vir ao blog e curtir seu belo trabalho. Tudo isso fiz hoje. Agora, segunda-feira, aí o bicho pega. As horas custam a passar, e nas ruas só correria e caras amarradas. Se eu pudesse, começaria a semana na terça.
ResponderExcluirUm forte abraço, amigo, e vamos em frente!
Edward de Souza
meu amigo
ResponderExcluirtodos vivemos de contradições...
um beijo
A FELICIDADE
Ar
Calor e sol
Olhar o mar
A praia longa
Cheia de gente
Muita gente
Com tantas diferenças
Com vidas tão distintas
Mas ali
Ao deitar na areia
Ao olhar o mar
E ver o infinito
Os rostos são iguais
Calmos serenos
Sem problemas
Sem dores
E eu fico a olhar
A gente
A praia
O mar
E a sentir
E imaginar: a felicidade!..
Lili Laranjo
Nossa Wanderley, vc nem sabe! Eu estava aqui lendo seu blog, e minha bateria acabou... liguei rapidinho na parede e entrei no meu blog primeiro, estava lá seu comentário!! kkkkkk Estávamos nos visitando ao mesmo tempo!!! Essa é boa!!!!!
ResponderExcluirMuito bonito esse poema!
Uma ótima semana pra vc!!!!
Beijos
Que texto lindo!
ResponderExcluirSabe que hoje eu tive essa sensação? Os caminhos pareciam mais largos, as ruas mais cheias de calma. Foi tão bom.
Até que eu gosto de domingo! Aprendi a gostar! Gosto mesmo.
Abração forte! Ótima semana!
Pedro Antônio
Meu amigo Edward, mesmo com todos os seus argumentos , prefiro a sexta e o sábado.
ResponderExcluirUM abraço
Pois é Lili a felicidade mtas vezes está tão próxima e nós não percebemos. Obrigado pelo poema.
ResponderExcluirBeijos
Pois é Liciane estamos em sintonia, rsrsrsrs
ResponderExcluirBeijos
Acho que a bronca com o domingo é só minha Pedro Antônio, quem sabe um dia eu não venha a gostar né?
ResponderExcluirUm grande abraço
Wanderley, tenho um amigo de blog, que por coincidência também é de Belo Horizonte que faz o domingo de poesia em seu blog, gostei de ler também um poema de domingo aqui, aliás muito lindo por sinal.
ResponderExcluirBeijos.
O poema é lindo mas, eu particularmente não gosto de domingo acho um dia muito parado , não combina com meu temperamento.
ResponderExcluirBeijos