quarta-feira, 8 de julho de 2009

Soneto de amor


Os que se amaram como nós? Busquemos
as antigas cinzas do coração queimado
e ali que tombem um por um nossos beijos
até que ressuscite a flor desabitada.

Amemos o amor que consumiu seu fruto
e desceu à terra com rosto e poderio:
tu e eu somos a luz que continua,
sua inquebrantável espiga delicada.

Ao amor sepultado por tanto tempo frio,
por neve e primavera, por esquecimento e outono,
acerquemos a luz de uma nova maçã,

do frescor aberto por uma nova ferida,
como o amor antigo que caminha em silêncio
por uma eternidade de bocas enterradas.

Pablo Neruda

Wanderley Elian


Um comentário:

  1. Oi, obrigado pelo comentario e visita no meu humilde reino. Aproveitando pra te convidar pra participar da minha rede social do ning. e nem vem com desculpas e nhém nhém..ahahahha.voce vai curtir. vamu colocar aquilo pra sacudir.
    ok?
    óia o link

    http://surtoseabsurdos.ning.com/
    TE ESPERO LA.
    ABRAÇOS

    ResponderExcluir

passou por aqui . deixe sua impressão . obrigado

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